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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CURITIBA


Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro


Curitiba é a capital do Paraná, um dos três Estados que compõem a Região Sul do Brasil. Sua fundação oficial data de 29 de março de 1693, quando foi criada a Câmara.
 
Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro
No século XVII, sua principal atividade econômica era a mineração, aliada à agricultura de subsistência. O ciclo seguinte, que perdurou pelos séculos XVIII e XIX, foi o da atividade tropeira, derivada da pecuária. Tropeiros eram condutores de gado que circulavam entre Viamão, no Rio Grande do Sul, e a Feira de Sorocaba, em São Paulo, conduzindo gado cujo destino final eram as Minas Gerais.
 
O longo caminho e as intempéries faziam com que os tropeiros fizessem invernadas, à espera do fim dos invernos rigorosos, em fazendas como as localizadas nos "campos de Curitiba". Aos tropeiros se devem costumes como o fogo de chão para assar a carne e contar "causos", a fala escandida - o sotaque leitE quentE -, o chimarrão (erva-mate com água quente, na cuia, porque os índios a utilizavam na forma de tererê, com água fria), o uso de ponchos de lã, a abertura de caminhos e a formação de povoados.
Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro
 
No final do século XIX, com o ciclo da erva-mate e da madeira em expansão, dois acontecimentos foram bem marcantes: a chegada em massa de imigrantes europeus e a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, ligando o Litoral ao Primeiro Planalto paranaense.
 
Os imigrantes - europeus e de outros continentes -, ao longo do século XX, deram nova conotação ao cotidiano de Curitiba. Seus modos de ser e de fazer se incorporaram de tal maneira à cidade que hoje são bem curitibanas festas cívicas e religiosas de diversas etnias, dança, música, culinária, expressões e a memória dos antepassados. Esta é representada nos diversos memoriais da imigração, em espaços públicos como parques e bosques municipais.
 
A "mítica imigrante do trabalho" (observação do poeta Paulo Leminski, falecido no século passado) aliada a gestões municipais sem quebra de continuidade, acabou criando uma Curitiba planejada - e premiada internacionalmente, em gestão urbana, meio ambiente e transporte coletivo.
 
Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro
A capital do Estado do Paraná, formada num altiplano 934 metros acima do nível do mar, carente de marcos de paisagem oferecidos pela natureza, acabou criando suas principais referências pela ciência e pela mão humana.
 
No século XX, no cenário da cidade planejada, a indústria se agregou com força ao perfil econômico antes embasado nas atividades comerciais e do setor de serviços. A cidade enfrentou, especialmente nos anos 1970, a urbanização acelerada, em grande parte provocada pelas migrações do campo, oriundas da substituição da mão-de-obra agrícola pelas máquinas.
 
Curitiba enfrenta agora o desafio de grande metrópole, onde a questão urbana é repensada sob o enfoque humanista de que a cidade é primordialmente de quem nela vive. Seu povo, um admirável cadinho que reuniu estrangeiros de todas as partes do mundo e brasileiros de todos os recantos, ensina no dia-a-dia a arte do encontro e da convivência. Curitiba renasce a cada dia com a esperança e o trabalho nas veias, como nas alvoradas de seus pioneiros.  


Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro



Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Foto de Curitiba - Max Ribeiro


Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Foto de Curitiba - Max Ribeiro

 

Facilitação Gráfica - Graphic Facilitation - Max Ribeiro
Foto de Curitiba - Max Ribeiro



 

sábado, 3 de agosto de 2013

PROCESSO DO PENSAMENTO VISUAL

OLHAR, VER, IMAGINAR e MOSTRAR

Facilitação Gráfica Max Ribeiro - Processo do pensamento visual
Facilitação Gráfica Max Ribeiro
OLHAR: esse é o processo semipassivo de assimilar as informações visuais que nos rodeiam. Olhar significa coletar informações e fazer uma primeira avaliação rudimentar do que se vê, para saber como reagir. Olhar envolve examinar o ambiente, a fim de criar um quadro abrangente que forneça uma ideia da situação como um todo e, ao mesmo tempo, ajuda a fazer uma primeira avaliação do que esta diante dos olhos.

Olhar = coletar e filtrar

Perguntas que ajudam a olhar:
  • o que esta ali? há muitas coisas? o que não esta ali?
  • até onde consigo enxergar? quais são as margens e os limites da visão nesse caso?
  • o que se consegue reconhecer imediatamente e o que deixa confuso?
  • as coisas que se vê são as que se esperava ver? é possível assimilá-las rapidamente ou se faz necessário mais tempo para compreender o que se esta vendo?

Atividades que dizem respeito a olhar:
  • analisar o cenário como um todo; criar um quadro amplo; observar o que existe no cenário;
  • descobrir as margens e determinar qual lado é para cima; estabelecer os limites da visão e as principais coordenadas dos dados que sem tem em frente;
  • filtrar os ruídos e separar o joio do trigo.

Facilitação Gráfica Max Ribeiro - Processo do pensamento visual
Facilitação Gráfica Max Ribeiro
VER: esse é o lado inverso da moeda das informações visuais, e é nesse lado que os olhos se tornam conscientemente mais ativos, enquanto se olhava e analisava o cenário como um todo e se coletava as informações iniciais. Agora, ao percorrer a etapa enxergar, o próximo passo é selecionar  as informações que merecem uma inspeção mais detalhada. Esta é baseada no reconhecimento de padrões - às vezes é realizada conscientemente, mas muitas vezes não.

Ver = selecionar e agrupar

Perguntas que ajudam a ver:
  • é possível entender o que se vê? isso já foi visto antes?
  • estão surgindo alguns padrões? existe algo que se destaque?
  • o que é possível extrair do que se vê? que padrões, prioridades e interações poderão ajudar a dar sentido a essa cena, para que seja possível tomar decisões a respeito?
  • já foram coletadas informações visuais suficientes para dar sentido ao que se vê ou aprofundar a observação?

Atividades que dizem respeito a ver:
  • faça uma filtragem com base no grau: selecione cuidadosamente as informações visuais que merecem análise mais demorada e descarte as outras. Em outro momento, faça uma segunda verificação;
  • classifique as informações e faça distinções: separe o trigo em diferentes categorias de acordo com o tipo;
  • observe os padrões e agrupe-os criativamente; identifique pontos visuais comuns às informações e pontos visuais mais dispersos entre categorias.

Facilitação Gráfica Max Ribeiro - Processo do pensamento visual
Facilitação Gráfica Max Ribeiro
IMAGINAR: é o que ocorre após as etapas relativas à coleta e seleção das informações, e essa é a hora de iniciar a manipular tais informações. Pode-se definir o que é imaginar de duas formas: pode ser o ato de enxergar com os olhos fechados ou o ato de enxergar o que não está visível.

Imaginar = enxergar o que não está visível

Perguntas relativas à etapa imaginar:
  • onde já foi visto isso antes? é possível fazer alguma analogia com coisas que já foram vistas no passado?
  • existem formas melhores de configurar padrões que se vê? é possível agrupá-las para que façam mais sentido?
  • é possível manipular os padrões para que algo que esta invisível apareça?
  • existe uma estrutura oculta conectando tudo o que se vê? é possível utilizar essa estrutura como repositório de outras coisa que não é possível enxergar?

Atividades que dizem respeito ao ato de imaginar:
  • feche os olhos para enxergar melhor: com todas as informações visuais frescas na memória, feche os olhos e veja as novas conexões que surgem;
  • descubra analogias, pergunte: onde já vi isso antes? então, imagine como soluções análogas poderiam funcionar nessa nova situação;
  • manipule os padrões: coloque os desenhos de cabeça para baixo, vire-os da direita para esquerda, altere as coordenadas, virando-os do avesso. veja se algo novo aparece;
  • altere o óbvio: dê um impulso às suas ideias visuais descobrindo várias maneiras de mostrar a mesma coisa.

Facilitação Gráfica Max Ribeiro - Processo do pensamento visual
Facilitação Gráfica Max Ribeiro
MOSTRAR: uma vez encontrado os padrões, atribui-lhes um sentido e encontrar uma forma de manipulá-los para descobrir algo novo, é preciso mostrá-los aos outros. Assim, se faz necessário resumir tudo o que se vê, encontrar a melhor estrutura para representar visualmente as ideias, colocar as coisas claramente no papel, realçar o que se imagina e, a seguir, responder às perguntas da platéia.

Mostrar = tornar tudo mais claro

Perguntas que dizem respeito ao ato de mostrar:
  • de tudo que foi imaginado, quais são os desenhos mais importantes que surgiram, tanto para você mesmo como para sua platéia?
  • qual será a melhor forma de transmitir visualmente a ideia imaginada? qual seria a estrutura visual mais adequada para compartilhar o que se imagina?
  • ao rever o que foi visto no início, o que se esta mostrando agora continua a fazer sentido?
  • Se pergunte: isso é o que vi? a seguir, pergunte aos participantes: faz sentido para vocês? vocês estão vendo as mesmas coisas ou algo diferente?

Atividades que dizem respeito a mostrar:
  • esclareça suas ideias mais interessantes: atribua prioridades a todas as suas ideias visuais para que as mais relevantes venham em primeiro lugar;
  • para arrematar, escolha a estrutura visual apropriada e coloque suas ideias no papel ou na lousa;
  • cubra todos os porquês: assegure que quem/o que, quando, onde e quando fiquem sempre visíveis; deixe que o como e o porquê representem o clímax visual.


Fonte: ROAM, Dan. Desenhando negócios: como desenvolver ideias com o pensamento visual e vencer nos negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.