TEORIA DA AGÊNCIA
Facilitação Gráfica - Max Ribeiro |
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TEORIA DA AGÊNCIA
A teoria da agência analisa os conflitos que surgem no seio das
empresas provocados pela divergência de interesses dos diversos
agentes. Os economistas Jensen e Meckling foram os impulsionadores da teoria da agência, que analisa os conflitos que surgem no seio das empresas provocados pela divergência de
interesses dos diversos agentes. Jensen e Meckling identificam dois
tipos de conflitos, os conflitos entre acionistas e gerentes, e entre
acionistas e credores. A teoria da agência centra-se em torno de um
agente (gestor) que é contratado para agir em nome de um outro agente (principal). Nem sempre os interesses entre os
acionistas e os gestores seguem na mesma direção, por vezes surgem
conflitos de interesses reflexo dos diferentes interesses e expectativas.
Com o objetivo de analisar os conflitos,
Jensen e Meckling introduziram a variável custos de agência para
analisarem o seu impacto na estrutura de capital das empresas. Os custos de agência
são compostos por três elementos, o custo de oportunidade reflexo da
redução da riqueza quando existem divergências entre acionista e
gestores, custos de controle das atividades dos gestores, tais como
auditoria e outros controles, custos de falência e reestruturação da empresa.
A teoria da agência defende que quanto
maior for a separação entre o acionista e o gestor maior será também o
conflito de interesses. A concentração de poder nos gestores poderá
leva-los a agir em primeiro lugar em função dos seus interesses pessoais
deixando para segundo plano os interesses dos acionista. Os conflitos
de agência podem influenciar de forma direta a estrutura de capital das
empresas e comprometer a criação de valor para as mesmas.
Jensen e Meckling concluíram que a estrutura de capital
ótima é alcançada com a redução dos custos de falência. O endividamento
também diminui o conflito de interesses entre gestores e acionista,
dado que os fluxos gerados pela atividade operacional terão de liquidar
juros e amortização de dívida, ficando menos recursos livres para que os
gestores de alguma forma possam usufruir a título pessoal dos mesmos.
Os conflitos de interesses entre
acionista e credores surgem da substituição dos ativos, por vezes os
acionista são incentivados a trocar os seus ativos por ativos mais
competitivos que representarão retornos superiores, mas que têm risco superior. Quando se tratam de projetos com risco elevado, os credores
procuram impedir essa troca prevendo que o investimento poderá não ter o
retorno esperado e que a empresa poderá não ter a capacidade de
liquidar as suas dívidas para com os seus credores.
O conflito de interesses entre acionista e
credores gera também um custo acrescido para os credores que terão de
analisar se a empresa possui um histórico de bons projetos e de
pagamento de dívidas. Quando se tratem de empresas com boa reputação
também os custos de financiamento serão inferiores dado que o risco de
incumprimento também será menor.
Em conformidade com a teoria da agência
refere que as relações empresariais funcionam com base em contratos, que
incluem dois sujeitos, o principal e o agente. O principal estabelece
determinado objetivo e usa o agente (a quem delega poder de decisão)
como um meio de atingi-lo. Porém o agente também tem interesses
próprios, que não são necessariamente coincidentes com os do principal,
podendo assim ocorrer conflitos entre os dois. A eliminação do risco
associado a este conflito origina custos para a empresa, denominados por
custos de agência. Por outro lado, teoria da agência coloca a
hipótese de assimetria de informação entre os intervenientes no mercado
financeiro, sugerindo a possibilidade de os fluxos dos rendimentos das
empresas serem influenciados pelas decisões de financiamento.