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Prof. Max Ribeiro - Facilitação Gráfica |
A capacidade de representar por meio de
ilustrações e imagens o conteúdo ministrado faz parte das aulas de
Maxiliano Ribeiro desde o início de sua carreira como professor
universitário. Em vez de apenas usar a lousa para escrever ou passar as
informações das aulas em apresentações de slides, Max Ribeiro, como é
conhecido, desenha imagens relacionadas ao tema estudado por meio de um
método chamado Facilitação Gráfica.
Max Ribeiro, que é administrador, especialista em Gestão de Projetos e
mestre em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação, ministra as disciplinas de
Metodologia de Projetos, Gestão Estratégica e Organização e Gestão para
os cursos que integram a
Escola de Negócios da
Universidade Positivo. Ele conta que o seu
envolvimento com a Facilitação Gráfica surgiu antes de começar a dar
aulas, ao realizar um curso sobre o assunto em 2008. Há seis anos,
Ribeiro ensina seus alunos explorando o método em suas aulas.
“A Facilitação Gráfica é um estilo de metodologia de condução de grupos
que utiliza técnicas de linguagem visual para facilitar processos
interativos de comunicação, alinhando imagens e informações”, informa o
professor. Entretanto, ele alerta para o fato de que o desenho
apresentado não é o mais importante no processo de aprendizado, mas
apenas o resultado final das informações que estão sendo ensinadas. Além
disso, Ribeiro afirma que, antes de chegar ao desenho, é preciso passar
pelo processo de pensamento visual.
De acordo com o professor, esse processo é dividido em quatro etapas:
olhar, ver, imaginar e mostrar, sendo a última o resultado final de um
trabalho utilizando Facilitação Gráfica. Ribeiro explica que “olhar”
significa coletar as informações e fazer uma primeira avaliação. “Olhar
envolve examinar o ambiente, a fim de criar um quadro abrangente que
forneça uma ideia da situação como um todo e, ao mesmo tempo, ajude a
fazer uma primeira avaliação do que está diante dos olhos” esclarece.
“Ver”, a segunda etapa do processo, consiste em selecionar e agrupar as
informações. Nesse momento, o professor alega que os olhos tornam-se,
conscientemente, mais ativos e passam a selecionar as informações que
merecem uma verificação detalhada. Após a coleta e seleção, ocorre a
etapa do “imaginar”, que pode ser definida de duas maneiras: “pode ser o
ato de enxergar com os olhos fechados ou o ato de enxergar o que não
está visível”, define o professor.
Ao enxergar o que não está visível é preciso mostrar aos outros. “Assim,
se faz necessário resumir tudo o que se vê, encontrar a melhor
estrutura para representar visualmente as ideias, colocar as coisas
claramente no papel, realçar o que se imagina e, a seguir, responder às
perguntas da plateia”, explica Ribeiro.
Segundo o professor, o método ajuda a criar significados às informações e
colabora com o entendimento do aluno em relação à teoria. “A ideia é de
que o aluno não leia, mas veja a informação”, alega. Para isso, ele
conta que, ao longo da aula, anota na lousa o conteúdo por meio de
ícones e imagens, fazendo com que ele seja visto por “inteiro” e, assim,
facilite o entendimento e desenvolvimento das aulas.
O professor conta que utiliza o método em suas aulas de duas maneiras,
dependendo de como elas foram planejadas. “Eu me preparo antes da aula
estudando o conteúdo e desenvolvendo um planejamento de como o conteúdo
será apresentado”, conta. Ribeiro explicada que nem sempre tem definidas
as ilustrações que irá fazer durante as aulas. “Há aulas que tenho os
desenhos definidos e há outras em que vou criando ícones no decorrer da
aula, conforme a necessidade do conteúdo”, relata.
Além da possibilidade de usar a metodologia em aulas, Max Ribeiro diz
que a Facilitação Gráfica também pode ser útil para fazer o registro
visual de eventos como palestras, cursos e até mesmo para a apresentação
de trabalhos, como a que ele fez em sua banca de defesa de
dissertação de Mestrado. “Eu levei toda a apresentação dividida em vários cartazes e
colei os cartazes em toda sala”, relata o professor.
O registro da facilitação gráfica
As aulas e eventos que o professor Max Ribeiro realiza utilizando a
Facilitação Gráfica costumam ser fotografas pelos alunos e
participantes. Porém, o professor percebeu que seu trabalho precisava
ser registrado de uma forma a possibilitar acesso também a outras
pessoas interessadas em Facilitação Gráfica. “Eu não queria que o
trabalho ficasse perdido”, relata o professor.
Por isso, em 2010, o facilitador gráfico decidiu criar o blog
Facilitação Gráfica, no qual mantém um espaço para publicação de textos sobre a metodologia, aulas e trabalhos. Ribeiro conta que, o blog também possibilita
que pessoas do mundo inteiro, interessadas no assunto, tenham acesso ao
seu trabalho.
Para ver artigo original da News da Escola de Negócios,
clique aqui.